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SC390 – janta na neblina

É tão peculiar a região de Lauro Muller e Bom Jardim da Serra, o clima é tão inusitado, que até mesmo os moradores são pegos de surpresa. Saindo da BR101 tínhamos um clima de Sol e calor intenso. Ali dobrando para a esquerda você começa a desbravar Santa Catarina. Passamos por dentro de Criciúma que tem 130 mil habitantes. Até o mirante são os 90km, aproximadamente.

O interior de Santa Catarina é menos desenvolvido que o litoral. Exatamente ao contrário do Rio Grande do Sul. Rapidamente você parece que está muito mais distante do que realmente está. Lauro Muller, cidade onde está o Mirante da Serra do Rio do Rastro tem 13 mil habitantes. Porém o mirante fica na divisa das cidades e Bom Jardim tem 4 mil.

Abaixo vídeo da chegada do Love e do Vô Dadá no mirante.


No pé do paredão o tempo fechado e abafado era prenuncio de chuva. Conforme fomos subindo, o clima foi mudando muito e quando chegamos no Topo da serra, com seus 1400 metros de altura não dava pra ver quase nada. Pra ter uma ideia, o Joel não viu uma Van de uns 8 metros que estava parada lá perto, 20 metros de distância de onde nós acampamos. Tá certo que ele bebeu uns vinhos, mas não foi tanto assim.

Tinha praticamente ninguém lá. E se você ficasse parado escutava o incrível som do nada.

Quando eles chegaram a Eva já estava no solo. Era por volta das 19 horas. Não era totalmente noite ainda, algo que não fazia a menor diferença. Não dava pra ver nada mesmo. Empurramos a Kombi pro lugar e o Vô Dadá foi pro lado, deixando uma vaga em aberto para colocar o gazebo ali. Estendemos uma lona que ia de um carro ao outro e ali seria feita nossa janta.

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Joel saiu para Bom Jardim da Serra pra fazer o check in na pousada e comprar as coisas pra janta. Um entrevero que quase não saiu, porque os mercados por lá fecham as 8 da noite.

Na volta tudo montado e Joel cortou tudo para que Zero Dois preparasse as coisas. Uma chuva começou a cair, e a gente debaixo daquela lona, com um vento que não era gelado, era só chato, foi uma grande demonstração de força da loucura. Porque só isso explica tamanha indiada, sem a carteira da Funai em dia.

Joel ainda tentou descongelar o frango no motor do Fusca, sem sucesso. Nem parecia, mas naquela noite fez 10 graus. Comemos o entrevero, bebemos algumas coisas… não vamos negar… e era fácil de notar que estávamos bem cansados. Por volta das 11 da noite a galera já estava se guardando dentro dos carros para dormir, ou tentar dormir a noite que teria muito, mas muito vento. Joel, Ju e Valentina foram para a pousada e nós ficamos ali.

Apesar das reclamações do PT, dos roncos do Zero Dois, e da sensação de que não dormimos quase nada, todos dormiram até as 4:30 na madrugada… mais ou menos. Que foi a hora que o Joel voltou!!! Vale dizer aqui que o Zero Dois disse que não ouviu absolutamente nada e dormiu bem a noite toda.

Mas essa é outra história.

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