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750km de Fubá

Hoje vamos falar de um Fusca 1300 ano 1977 da Eliane e do Maurício. É na verdade mais um encontro entre amantes de carros. Conversamos no final de semana com o casal, mais um caso recorrente de namoro virtual que acabou em casamento, que nos contou mais sobre o carro.

Fubá tem uma história interessante, como todas as histórias Aircooled. Ele era da mãe de Eliane, estava parado há dois anos, até que ela resolveu dar o automóvel para sua filha. Hoje o carro está há quase três anos com sua nova parceira.

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Eliane conta que está com o carro porque era da sua mãe. E diz ainda “comecei a falar com o Maurício por causa do Fusca verde lindo que eu tinha, acabei me desfazendo dele. E o Maurício parou de falar comigo”. E continua o raciocínio dizendo “depois que peguei o Fubá ele voltou a falar comigo, será que era interesse?” brinca ela olhando para o marido.

Ele não negou, nem confirmou. Trocou de assunto e foi falar sobre um carburador que precisava para trocar no motor do Fusca. O que está no carro não está funcionando direito.

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A viagem

Eliane é de Curitiba, Maurício de Canoas. O namoro rendeu e ela veio de mudança para o Rio Grande do Sul. Até aí tudo ok, mas Fubá ficou lá, na cidade de Japira, norte do estado, distante 300km da capital. E ainda ficou com algumas pendências de manutenção para resolver.

A manutenção em teoria foi feita, porém sabemos bem como funciona isso na pratica. Ou seja, nem sempre funciona.

Ok, Eliane já estava no Rio Grande do Sul, chegou a hora de buscar o Fusca no Paraná. E lá foram eles, Maurício e Eliane, fazer a viagem para a nova casa. Porém antes mesmo de começar a viagem um dos freios teve que ser isolado, trabalho que Maurício mesmo fez antes de começar a viagem.

20171113fuba3Quem já fez esse deslocamento, Curitiba até Porto Alegre (Canoas), sabe que os primeiros 100km são de descida de serra, os mais complicados, e sempre tem uma chuvinha ali por Joinville, mas que depois desse ponto é uma estrada bem tranquila de rodar.

Porém os problemas começaram com a Chuva. O limpador do motorista parou de funcionar. Solução: Maurício abria o vidro e com a mão fazia o limpador funcionar manualmente. Ao contar a história alguns riram, outros ficaram sérios. Ele contou normalmente, como quem arruma solução rápido para os problemas. No entanto é uma situação complicada. Na estrada não é só água que acaba no para-brisa. Tem muito óleo e poeira, uma mistura que vira um caldo marrom.

Um pouco depois o outro limpador começou a ficar mais devagar, ele pensou que poderia estar estragando, mas ao desligar os faróis notou que o limpador funcionava mais rápido. Era um indício de que a bateria estava fraca. Ou seja viajando em alta rotação provavelmente não estaria carregando.

Fez um teste e realmente, eles estavam com problemas na carga da bateria. Isso que o carro havia passado por uma revisão da parte elétrica há pouco.

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Ao parar Fubá, Maurício viu que a luz da bateria estava queimada, não fazendo o contato com o alternador, logo não carregava. A solução foi tirar a lâmpada da luz alta e trocar pela lâmpada da bateria no painel. Feito isso a bateria voltou a carregar novamente e correram para o abraço.

Alias correram não, porque nesse ponto eles tinham rodado pouco mais de 100 dos 750km de distância até o ponto de chegada. No total foram 11 horas de viagem.

Num determinado momento Eliane disse “deixa eu levar um pouco ele!”, e Maurício desconversava “não deixa que eu dirijo”. Com tantos problemas no carro ele achou melhor deixar Eliane aproveitar depois da revisão, que já começou essa semana, assim que chegaram em Canoas.

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Obrigado Eliane, obrigado Maurício. Quando precisarem de algo contém com a gente. E venham rodar conosco qualquer dia desses até um encontro. Experiência vocês já tem!

 

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