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SC390II – a Missão – Velhas Senhoras – Cap 5

O projeto SC390 II – a Missão – começou com a vontade da Lisi em conhecer a Serra do Rio do Rastro. A ideia surgiu logo depois que ela e o Diego compraram uma Kombi. Cinco meses atrás.

A viagem então foi apresentada para todo o grupo do IVC e começamos a conversar com as pessoas para saber quem tinha interesse. Como grupo nossos deslocamentos mais longos giram em torno dos 150km. Em 2021 o maior foi para Caxias do Sul, 120km. Logo são de 250 a 300km em um dia. Metade pela manhã e metade a tarde.

Nosso roteiro previa cerca de 500km em um dia, nunca escondemos isso.

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No final, cerca de um mês antes da viagem eram 7 veículos interessados, todas Kombis. É fácil entender porque existe a possibilidade de dormir dentro do veículo, no entanto em 2020 esse percurso foi feito com dois Fuscas e apenas uma Kombi.

Dessas 7 Velhas Senhoras, apenas 4 estavam no ponto de encontro em Gravataí para começar a viagem. O legítimo “Komboio” era composto por: Eva , Vó Brigitte, Clòtilde e Berenice.

Eva

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Esteve na viagem de 2020 e quebrou. Naquela época estava toda revisada, e uma peça que poucas vezes quebra em um carro de rua fez com que a viagem quase nem começasse. A mola de uma das válvulas do cabeçote. O primeiro conserto atrasou a viagem em cinco horas, porém o mesmo não foi tão bem feito e resultou em mais uma falha mais pra frente. Cerca de 7 horas foram perdidas e um segundo conserto acabou tendo que ser feito no mirante da Serra do Rio do Rastro dessa vez por nós mesmos. Metade da viagem acabou não acontecendo.

Eva, ano 1988, tem um motor 1600 com dupla carburação e uma caixa com relação de marchas longa. Desses quatro pães de forma é a que esta há mais tempo rodando no clube, desde 2018, e já tem uma quase configuração de Kombi Home, embora Estiga negue o fato e diga que é CamperVan, com caixa d’água, placa solar, bateria estacionária, e até cozinha. Não sei quem ele quer enganar.

A tripulação era: Estiga, Vívian, Coca (cachorro) e Fetúcia (cachorro).

Vó Brigitte

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A Kombi do Toni também é um meio termo entre Kombi normal e CamperVan. Tem um bagageiro com deck, caixa d’água, televisão e cama. Também tem uma série de acessórios nela que complementam algumas faltas de outros carros. Desse grupo é a segunda mais antiga do clube e foi campeã do nosso Ranking, o Roda Solta. Não que isso venha ao caso nessa viagem, mas é um fato interessante pra se contar. É um carro que rodou bastante em 2021.

Vó Brigitte é a segunda Kombi dele, ano 1974 com motor 1500 e um carburador. A caixa reduzida trabalhando junto com o motor potente dá muita força para essa senhorinha que tem quase 50 anos de idade.

Tripulação da Vó Brigitte foi apenas o Toni dessa vez.

Berenice

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Um antigo sonho realizado pelo Estefânio (PT/Fanny). Foi a terceira a chegar, entre essas quatro da viagem. Mas que diferença faz a gente colocar isso aqui, a diferença é ter noção do quanto de tempo cada um teve para preparar seus carros para a viagem. Entrando na família IVC em junho de 2021, a “Camperização” dela vem acontecendo. Um armário aqui, uma cortina ali, um joguinho de bancos mais confortáveis.

Bere já andou pra caramba desde o meio do ano passado, indo em vários encontros, inclusive com acampamento. Assim como a Eva esse modelo 1996 tem um motor 1600 instalado, mas com apenas um carburador e também contando com uma caixa de marchas de relação longa.

Tripulação da Berê: PT e Zero Dois. Na volta um Quati 😀

Dona Clotilde

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A última dessa lista chegou em setembro. Depois de ficar debaixo de uma árvore por dois anos Diego comprou a ideia de ter uma Kombi. De setembro pra cá ela mudou bastante. Novos bancos, alavanca pra encurtar os engates, rodas de liga entre outras coisas. Diego focou bastante na manutenção, que ela precisava, e o empenho dele nesse ponto foi crucial. Fosse outro talvez tivesse desistido.

No início ele não se deu muito bem com a Clô, não gostou pra falar a verdade. Opinião que já foi diferente lá em Santa Catarina. O que todos precisam é de um pouco de estrada. A estrada desafoga as mágoas. Fabricada em 1999,  ela é, dessas quatro, é a única com injeção eletrônica e também tem agora uma caixa de marchas com relação longa.

Tripulação da Clô: Diego, Lisi e Duda.

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Qual o motivo dessa apresentação tão longa? É não precisar mais falar sobre isso, ou se precisar, podemos mandar você para esse link. As caixas de marchas longas e curtas fazem toda a diferença quando você sobe uma serra, por isso nas subidas Toni praticamente empurrava e oprimia as Kombis mais novas e suas relações “infinitas”.

Outra questão é a carburação X injeção. Nessa viagem andamos em altitudes acima de 1200 metros. Estima-se que a cada 100 metros de altura o carro perde 1% de potência. Logo temos uma perda acima de 10% para qualquer motor. O ar mais rarefeito afeta mais os motores carburados que não conseguem se ajustar igual aos que trabalham com injeção eletrônica. Assim o desempenho da Clotilde foi melhor em relação as demais.

Berenice e Eva, que a grosso modo tem diferenças apenas na carburação, tiveram desempenhos muito parecidos.

Esse relato também é importante pra quem pensa em fazer uma viagem assim e acha que não dá, que o carro não consegue, por esse ou aquele motivo. Na verdade você vai rodar conforme conforme a condição que tiver.

Veja no vídeo abaixo as Kombis na Estrada!!!

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