É bom ter tempo, que esse primeiro capítulo será longo. Perto das 22 horas a triade Berenice, Brigite e Clotilde partia de Canoas, não sem antes passar no posto de gasolina. Como Primão diz: “Fanny sempre deixa pra abastecer o carro depois, bem tonto mesmo” . Um pouco depois Eva saia de Gravataí para o Posto Graal Rota 80 na mesma cidade.
As 22:18 o quarteto fanático de Senhoras estava enfileirado no estacionamento obliquo da filial da mais famosa rede de postos do Brasil. Subvertendo como sempre as regras. No capítulo 5 falamos sobre isso. Link está aqui.
Doze minutos depois as Kombis estavam ligadas e entrando na FreeWay, ou BR290 para os menos íntimos. O movimento de sexta-feira ainda era grande, muitos indo para o litoral. Lá pelas tantas, depois do primeiro pedágio o pisca alerta da Berenice é visto pelo Estripa, o mesmo para no acostamento. Mas ninguém sai de nenhum carro.
Demora um pouco e Fanny resolve sair perguntando “o que houve” ao Estripa. O mesmo diz “nada, tu que ligou o alerta”. PT (Fanny) diz ter um mal contato no dispositivo e termina com a seguinte frase “se tu ver o alerta novamente ignora” . Se for de verdade a emergência… jamais saberiam.
Segundo pedágio e o vento na Lagoa dos Barros está forte. Também com aquele monte de ventiladores ligados … e o pior é que depois reclamam que a Camada de Ozório não existe mais. Óbvio… e o vento pegou forte nos pão de forma. Ainda bem que é só naquele ponto.
Primeira parada no Posto Luzardo e todo mundo ligado. Toni e Fanny foram comer, a maioria deu uma chegada no banheiro, Zero2 pegou uma água pro Chimas, dogs da Vívian deram aquela passeada… e embarca todo mundo. Nesse ponto da viagem o céu nublado era um péssimo sinal.
Mais uma perna da viagem e chegamos a divisa do RS com Santa Catarina. Dali até a próxima parada, Posto Bela América é um tapinha. Dessa vez estacionamos certo, em Obliquo, mas no lugar dos idosos e do pessoal que faz pilates. Naquele ponto Diego começa a querer tomar café com energético. Zero2 pega café, Toni e Fanny comem novamente, Vívian solta os cachorros… tudo dentro da normalidade.
Nesse ponto temos que abastecer, não porque falta gasolina, apenas por motivos de segurança. Na estrada com tantos postos não existe motivo pra rodar com o tanque vazio. E o preço por litro estava mais caro que aqui, infelizmente. Esperávamos algo mais acessível. Tanques cheios constatamos que Diego tem uma Kombi muito econômica ou é mentiroso. Ainda estamos investigando e vendo as IBAGENS do VAR.
Zero2 além de pedir mais velocidade queria ainda uma viagem nonstop. Sem paradas até o Topo. Como diz o lema dos alpinistas “Só o Cume interessa”. A discussão levou 20 segundos. Estica disse “ok”, mas tava na cara de “nem podendo”.
Daquele ponto até Criciúma são 70km e depois mais uns 70 até o mirante. Não é longe. A questão toda era a madrugada longa. Só de estrada já eram 3 horas e meia. Uma dessas horas ficamos parados nos postos. Dava pra ser mais rápido, porém conversar fez todos ficarem mais acordados.
Segue a viagem e chegando em Criciúma uma paradinha rápida pra ver como estavam todos em um posto de gasolina Shell no centro. Todos com cara de bóra subir e lá fomos nós para o pior e mais chato trecho da estrada. Estiga contou um pouco mais sobre isso aqui, nesse texto.
Sobe e desce, sobe e desce, desce e sobe, sobe e sobe… as variações são infinitas e cansam. Chegamos no pé da subida as 5:30, hora exata do nascer do Sol. Batemos umas fotos, lindo. O cansaço da viagem foi soterrado por um sentimento de quase vitória. Sabe quando o seu time está ganhando e basta só ficar matando o tempo? Então… era isso, porém essa matada de tempo eram 40 minutos de uma subida das mais pesadas.
Essa última quase hora passou rápido e por volta das 6 e 10 da manhã depois de viajar quase 8 horas chegamos finalmente ao topo daquela que muitos consideram como a estrada mais legal do Brasil. Não sabemos, isso só pode afirmar quem já andou por todos os lugares.
Chegar até aquele ponto era apenas o início da viagem, primeira parte bem completada. Nessas horas você vê que todo esforço valeu, e que não deixar para a próxima foi certo. Foi o maior grupo do IVC a sair do estado em comboio. Já fomos até mais longe que isso, mas não com tantos carros. Também foi a maior distância percorrida em grupo, um pouco acima dos 850km.
A previsão de chuva e a possibilidade de dias horríveis sem conseguir ver nada o que havia na frente estava errada. Quando chegamos lá os 12 graus nos remeteram ao inverno, puxamos os casacos e aproveitamos o sol para esquentar.
A noite não tem como tirar boas fotos dos carros na estrada. Fica tudo ruim pela falta de luz, no entando o vídeo abaixo edita pelo Estiga, mostra um pouco do que foi a viagem de ida até o Mirante da Serra do Rio do Rastro, com vídeos dele e de outras câmeras.