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SC390II – a Missão – Bóra – Cap 1

É bom ter tempo, que esse primeiro capítulo será longo. Perto das 22 horas a triade Berenice, Brigite e Clotilde partia de Canoas, não sem antes passar no posto de gasolina. Como Primão diz: “Fanny sempre deixa pra abastecer o carro depois, bem tonto mesmo” . Um pouco depois Eva saia de Gravataí para o Posto Graal Rota 80 na mesma cidade.

As 22:18 o quarteto fanático de Senhoras estava enfileirado no estacionamento obliquo da filial da mais famosa rede de postos do Brasil. Subvertendo como sempre as regras. No capítulo 5 falamos sobre isso. Link está aqui.

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Doze minutos depois as Kombis estavam ligadas e entrando na FreeWay, ou BR290 para os menos íntimos. O movimento de sexta-feira ainda era grande, muitos indo para o litoral. Lá pelas tantas, depois do primeiro pedágio o pisca alerta da Berenice é visto pelo Estripa, o mesmo para no acostamento. Mas ninguém sai de nenhum carro.

Demora um pouco e Fanny resolve sair perguntando “o que houve” ao Estripa. O mesmo diz “nada, tu que ligou o alerta”. PT (Fanny) diz ter um mal contato no dispositivo e termina com a seguinte frase “se tu ver o alerta novamente ignora” . Se for de verdade a emergência… jamais saberiam.

Segundo pedágio e o vento na Lagoa dos Barros está forte. Também com aquele monte de ventiladores ligados … e o pior é que depois reclamam que a Camada de Ozório não existe mais. Óbvio… e o vento pegou forte nos pão de forma. Ainda bem que é só naquele ponto.

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Primeira parada no Posto Luzardo e todo mundo ligado. Toni e Fanny foram comer, a maioria deu uma chegada no banheiro, Zero2 pegou uma água pro Chimas, dogs da Vívian deram aquela passeada… e embarca todo mundo. Nesse ponto da viagem o céu nublado era um péssimo sinal.

Mais uma perna da viagem e chegamos a divisa do RS com Santa Catarina. Dali até a próxima parada, Posto Bela América é um tapinha. Dessa vez estacionamos certo, em Obliquo, mas no lugar dos idosos e do pessoal que faz pilates. Naquele ponto Diego começa a querer tomar café com energético. Zero2 pega café, Toni e Fanny comem novamente, Vívian solta os cachorros… tudo dentro da normalidade.

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Nesse ponto temos que abastecer, não porque falta gasolina, apenas por motivos de segurança. Na estrada com tantos postos não existe motivo pra rodar com o tanque vazio. E o preço por litro estava mais caro que aqui, infelizmente. Esperávamos algo mais acessível. Tanques cheios constatamos que Diego tem uma Kombi muito econômica ou é mentiroso. Ainda estamos investigando e vendo as IBAGENS do VAR.

Zero2 além de pedir mais velocidade queria ainda uma viagem nonstop. Sem paradas até o Topo. Como diz o lema dos alpinistas “Só o Cume interessa”. A discussão levou 20 segundos. Estica disse “ok”, mas tava na cara de “nem podendo”.

Daquele ponto até Criciúma são 70km e depois mais uns 70 até o mirante. Não é longe. A questão toda era a madrugada longa. Só de estrada já eram 3 horas e meia. Uma dessas horas ficamos parados nos postos. Dava pra ser mais rápido, porém conversar fez todos ficarem mais acordados.

Segue a viagem e chegando em Criciúma uma paradinha rápida pra ver como estavam todos em um posto de gasolina Shell no centro. Todos com cara de bóra subir e lá fomos nós para o pior e mais chato trecho da estrada. Estiga contou um pouco mais sobre isso aqui, nesse texto.

Sobe e desce, sobe e desce, desce e sobe, sobe e sobe… as variações são infinitas e cansam. Chegamos no pé da subida as 5:30, hora exata do nascer do Sol. Batemos umas fotos, lindo. O cansaço da viagem foi soterrado por um sentimento de quase vitória. Sabe quando o seu time está ganhando e basta só ficar matando o tempo? Então… era isso, porém essa matada de tempo eram 40 minutos de uma subida das mais pesadas.

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Essa última quase hora passou rápido e por volta das 6 e 10 da manhã depois de viajar quase 8 horas chegamos finalmente ao topo daquela que muitos consideram como a estrada mais legal do Brasil. Não sabemos, isso só pode afirmar quem já andou por todos os lugares.

Chegar até aquele ponto era apenas o início da viagem, primeira parte bem completada. Nessas horas você vê que todo esforço valeu, e que não deixar para a próxima foi certo. Foi o maior grupo do IVC a sair do estado em comboio. Já fomos até mais longe que isso, mas não com tantos carros. Também foi a maior distância percorrida em grupo, um pouco acima dos 850km.

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A previsão de chuva e a possibilidade de dias horríveis sem conseguir ver nada o que havia na frente estava errada. Quando chegamos lá os 12 graus nos remeteram ao inverno, puxamos os casacos e aproveitamos o sol para esquentar.

A noite não tem como tirar boas fotos dos carros na estrada. Fica tudo ruim pela falta de luz, no entando o vídeo abaixo edita pelo Estiga, mostra um pouco do que foi a viagem de ida até o Mirante da Serra do Rio do Rastro, com vídeos dele e de outras câmeras.

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